O vinho acaba por encostar-se ao sono.
E, uma vez aí chegado, brilha.
Com toda a linha de encosto
a dar sobre a falésia anoitecida.
O vinho deixa a escuridão do mosto
por um almude de escuridão antiga.
E vai, depois, equilibrar o bojo
do casco. De onde o rubro fundo tira
o brilho incorruptível que leva para o sono
e canta nas falésias da vigília.
fernando echevarría
geórgicas
afrontamento
1998
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