15 maio 2017

maria victoria atencia / memória de adriano



                               Animula, vagula, blandula


Alma nua, sem falta alguma, embora
o ouvido ou a voz inventem tua culpa.
O pão nosso, a luz e cada dia, o sono
sua paz hão-de negar-te. Ligeira de bagagem,
assim mesmo, aceitarás o assalto da aurora.



maria victoria atencia
antologia da poesia espanhola contemporânea
selecção e tradução de josé bento
assírio & alvim
1985





1 comentário:

Anónimo disse...

Belíssimo despir poético...