25 agosto 2016

joão esteves / nostalgia



todos os dias, há sempre um tempo
que de mim se separa.

tempo que cai de maduro,
no tempo perdido,
no tempo fingido.

tempo que empresto ao tempo,
mas que nunca revejo.

investimento mal calculado?

o tempo, por certo,
está-me a dever tempo.

dizem, contudo,
não haver outro pacto,
senão,
dar tempo ao tempo.



joão esteves



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