LVII
Deslumbramento
desta manhã mil vezes repetida
com o ouro das mãos do sol
a apalparem o vento,
o vento-fêmea que se despe num lençol
e nos seios da roupa estendida.
Peles de cadáveres que uma volúpia branca desespera
─ enforcados pela cólera da primavera.
josé gomes ferreira
café 1945-1946-1947-1948
poesia III
portugália
1971
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