25 setembro 2013

leonardo chioda / escansão do idílio



véspera do verso
a encenar o primórdio desejo

mede o remanso taurino
eco de prisão

ao deus através do ventre
tal qual o resto, trâmite aos mortais

tua égide afronta a garganta
sob o pomo peremptório do simulacro

agora venta o âmnio
pelas ruas

narrativas do proteico
resistindo aos vastos

as negras receitas, os tumores váticos
azeitando as máquinas

a geometria
do desterro

na minha testa
tem videiras

dentro dançam a névoa
e a rima da memória



leonardo chioda
tempestardes
patuá
2013



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