Risos no sol,
marfim! tímidas
genuflexões, as mãos nas coisas da terra…
Sexta-Feira! Como
a folha era verde, e a tua sombra nova, as mãos tão longas na direcção da
terra, quando, próximo do homem taciturno, movias sob a luz o esplendor azul
dos teus membros.
─ Agora
ofereceram-te uma herança vermelha. Bebes o óleo das lâmpadas e corres ao
armário da comida; cobiças as saias da cozinheira que é gorda e cheira a peixe;
contemplas no cobre da tua farda os seus olhos que se tornaram falsos, e o teu
riso, vicioso.
saint-john perse
imagens à crusoé
elogios
trad. jorge
melícias
quasi
2002
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