18 junho 2013

armando silva carvalho / lentamente



LENTAMENTE arrasto a ruptura do mundo
com o terror do século
e o olhar atravessado
pela demência.
retiro da cabeça partículas de sexo,
incrustações de vício,
pequenas rotações de amores
menores.
E sento-me,
a decifrar o tédio.
A beber, feliz, a luz dos sacrifícios.


armando silva carvalho
canis dei 1995
o que foi passado a limpo, obra poética
assírio & alvim
2007



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