04 junho 2013

luis muñoz / roupa de lã



─  Não, quero estar acordado ─ diz,
embrulhado nas mantas espumosas
que os poemas tecem em redor do mundo,
quando lhe ofereço um copo.

Envergonha-me querer dormir agora,
e já não ter sede, e pressentir um frio.


luís muñoz
trípticos espanhóis vol. III
trad. joaquim manuel magalhães
relógio d´água
2004



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