Os dias eram quartos quentes
Pelos irrespiráveis corredores das noites
Um dragão atravessou as pontes do som
Com o brilho das suas escamas e arrastando a cauda
Através dos soluçantes parques, assustando os ratos
O seu riso percorreu e serpenteante rio
Todas as cúpulas da cidade estremeceram no seu alabastro
E junto às árvores dos subúrbios do sul
As ervas mais secas quebraram-se e enrugaram-se
1929
paul bowles
poemas
trad. josé agostinho baptista
assírio & alvim
2008
poemas
trad. josé agostinho baptista
assírio & alvim
2008
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