Os nossos gestos passam as palavras
prenunciam-lhes riscos sedimentos
partículas pensadas poluídas
sob a delicadeza com as feridas
o fio de sangue impresso nas bainhas
a erosão da voz no universo
e no entanto há arestas macias
o sal na língua o rir dos interstícios
as fórmulas que inventas na areia
arestas verosímeis que sustêm
parábolas em busca de finito
tereza balté
horizontes portáteis
editorial inova
1977
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