Olho para todas as coisas
Duas vezes:
Uma para me alegrar,
Outra para me entristecer.
As árvores têm gargalhadas
Na coroa das flores
E uma grande lágrima
Na raiz.
O sol ainda é jovem
No extremo dos raios,
Mas esses raios
Estão cravados na noite.
O mundo cabe todo
Entre estas duas capas
Onde fui amontoando
Todas as coisas que amei
Duas vezes.
marin sorescu
simetria
tradução colectiva revista, completada e apresentada
por egito gonçalves
poetas em mateus
quetzal
1997
1 comentário:
E essas capas envoltas a poesia que te fazem descrever
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