Os homens que fazem jazigos também cantam de manhã…
e os jazigos envolvidos na cantiga têm um ar acolhedor, burguês e confortável…
Não te ocupes daquilo que está à tua volta, nem
daquilo que à tua volta é um símbolo de outra coisa: nada tem símbolos e tudo é
a sua própria definição. Não queiras saber das coisas à tua volta: elas são o
seu porquê – adora! – e que o gosto de olhá-las te seja tão suave e sagrado
como uma bênção!
– Vê como é tão simples a mote, e tão inúteis os
mistérios insondáveis numa manhã de sol!
antónio pedro
antologia poética
obras clássicas da literatura
portuguesa séc. xx
edição de fernando matos oliveira
angelus novus, editora
1998