É sempre prematuro, inda que o espere
Nosso hábito, o esfriar
Do desejo que houve.
Não nasce amor ou fé em nós que não
Morra com isso ao menos
O não amar ou crer.
Com o repouso anterior contrasta.
Nesta má circunstância
Do tempo eternos somos.
Aquele que, de tão contínua usá-la,
Furte ao tempo a vitória
Das mudanças depressa,
Até ao fim inevitável guie
Uma igual vida, súbito
Precipite no abismo.
imprensa nacional - casa da moeda
1994
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