16 de Março
de 1995
_________________________________cada um de nós
escreverá o que viu – «ex-crê-ve-rá», como diz o meu companheiro filosófico –
e, como rotas planetárias diferentes mas do mesmo sol, estaremos em conjunção
no circo da estrebaria de Herbais, daqui a nove meses e alguns dias.
No há que escolhi,
a minha espinha dorsal é o júbilo. Escrever
está dentro do redil do paraíso, que é também uma
sebe onde
eu entro através do ar; minha constituição material
é frágil;
de facto, os pés são a minha única matéria não
constantemente atravessada pelo ar,
que leva imagens,
traz imagens e é,
muitas vezes,
persistente nos perfumes que a tristeza leva.
Quem foi
a tristeza?
maria gabriela llansol
inquérito às quatro confidências
relógio d´água
1996
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