179 – Ir ver o mar. Vê-lo de vez em quando e sempre
com a mesma fascinação. Que é que vem dele para assim nos fascinar? A sua força
imensa diante da nossa pequenez. O seu mistério visível e inquietante porque é
o invisível da sua visibilidade. O irrisório da sua absurda convulsão e o aceno
indistinto que vem de trás do horizonte e não sabemos o que é. O aroma a
espaço, uma memória confusa de aventura, o sinal presente da sua infinitude
ausente, a dilatação de nós a um poder imenso, um certo conluio com Deus.
vergílio
ferreira
pensar
bertrand editora
2004
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