O Sol-posto de mau gosto nem acerta com o postal.
A tarde hoje veio cedo
ainda hoje não comecei.
A paisagem não foi feita por mim
e a casa falta pensá-la.
Um hálito de convalescente casa-se com o sol poente.
Uma mulher sozinha na estrada
e o homem sozinho que a vê.
Fica o moinho a cantar
a rotina secular.
*
* *
Tejo, lombada do meu poema aberto em páginas de sol.
Poesia dos pinheiros solteiros
encostados à nostalgia do fresco da tarde.
josé de almada negreiros
poemas
assírio & alvim
2017
1 comentário:
Mestre em pinceladas de genialidade.
Adorei...
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