Que mais pode este dia?
Em cada ligação a morte fala baixo
e arrefece as pernas das telefonias.
Em cada pulsação
escondemos o rosto embriagado
pelo tédio ou pelo terror
de mãos desfeitas.
Por vezes o silêncio ainda nos salva
e com que gratidão
banhamos a pele clara dos sentidos
na luz dos seus relâmpagos
mortais.
Porque a cabeça escuta,
escuta e nunca mais.
armando silva carvalho
sentimento de um ocidental 1981
o que foi passado a limpo, obra poética
assírio
& alvim
2007
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