Tão altas as primeiras árvores.
Vem a primavera destruí-las.
Fulgores fugazes os cabelos
à poeira do céu.
A alma pisada de caminhos,
o meigo revólver do olhar
vêem-te partir.
Por essa cidade, perdido
na suavidade da chuva.
Rasgam de novo as mãos
o inexpugnável nome
dos amantos, a flor secreta
que dizia a tua boca.
Tanta coisa de ti que nada sei.
joaquim
manuel magalhães
segredos,
sebes, aluviões
editorial presença
1985
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