06 outubro 2017

rené char / folhas de hipno



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Amo estes seres de tal modo enamorados por aquilo que o seu coração imagina ser a liberdade que se imolam para evitar a morte do poucochinho de liberdade. Maravilhoso mérito do povo. (Crê-se que não existe o livre arbítrio e que o ser se define relativamente às suas células, à sua hereditariedade, ao decurso breve ou prolongado do seu destino… Todavia, entre tudo isso e o Homem existe um enclave de inesperados e de metamorfoses cujo acesso deve ser proibido e a manutenção assegurada.)


         
rené char
furor e mistério
folhas de hipno (1943-1944)
trad. margarida vale de gato
relógio d’ água
2000




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