Machados,
depois do seu golpe a madeira ressoa,
e os ecos!
Ecos que partem
do centro, semelhantes a cavalos.
A seiva
jorra como lágrimas, como
água capaz de lutar
para refazer o seu espelho
sobre uma rocha
que cai e se transforma,
uma branca caveira
consumida pelas ervas daninhas.
Anos depois
encontro-as na estrada…
Palavras secas e sem cavaleiro,
infatigável ruído de cascos.
Enquanto
do mais fundo do lago as imóveis estrelas
regem a vida.
sylvia plath
pela água
tradução de maria de lurdes guimarães
assírio & alvim
1990
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