Eu sempre
perguntava coisas tontas,
é certo. Perguntava,
por exemplo,
se voltarias
a amar-me tanto
como nos dias
do amor mais jovem,
ou mesmo
mais, ou mesmo mais que nunca,
mesmo mais
que a ninguém, e se serias
capaz de
confessá-lo ante qualquer.
É certo,
perguntava coisas tontas,
não merecia
uma resposta séria.
Aquele ser,
mais escuro que a noite
mais escura
da alma, respondia
sem olhar-me
nos olhos: «Nunca mais.»
amalia bautista
trípticos espanhóis vol. III
trad. joaquim
manuel magalhães
relógio
d´água
2004
Sem comentários:
Enviar um comentário