Palavras de ponta
e mola
que anavalham
as roçagantes
capas
de velhos mestres
de grácil esgrima
oleadas lâminas
nos umbrais dos
becos
rasgando rápidas
a embuçada
desumanidade
de quem passa
sórdidas, surtas
a reflectir o
âmago
das sombras
Navalhas que
alvejam
fantasmas de
forasteiros
em busca de más
mulheres
com terços
taciturnos
Ruelas em roda
Pedras da
periferia
Sevilhanas palavras
de ponta e mola.
sebastião alba
o ritmo do
presságio
edições 70
1981
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