18 abril 2006

post it / alexandre moreira

perto desse lábio de chávena não me atrevo a luz
no fundo é corrente de ar- tes todas um
instante sempre em todo o caso um
cenário a cair mal já tarde a
pensar a convicção é o perigo o dedo a salvação serás
talento velhinho a atravessar rua no meu quarto
de orgão coagular de vento direitinho quando
penso quando penso a convicção é o perigo o dedo a salvação será a pautar pelo pescoço umas páginas ainda umas páginas ainda de um olhar fixo uma natureza particular esta ideia de fazer partida seria neste auge do meu terror pesado imóvel soureal . perto desse lábio de chávena não me atrevo ao olhar de cada esposa dé- cada esposo década vez década três não denuncio a pequenez esmago sempre o nome contra o peito senhor na janela naúsea bastante nova é fumar radialmente nesse viver o passado sempre um instante depois não existiu lugar com música não plastifico monstro no seu trabalho frequente mente relativa mente eu nevoeiro alfabético quarta- feira é nevoeiro alfabético quinta- feira e os passos soam recentes junto a grandes janelas tremem se ( senta sue ) jeitos e ao objecto conferem a voz distante uns palmos acima do sol




alexandre moreira




2 comentários:

Najjelem disse...

Eu estou lindo desde Venezuela, esta moito belo, acho que você estaba pensando moito, estaba moito triste quando você escreveu, parabens, Si você entende o espanhol, acho que é fácil para a gente que fala pôrtugues, vai pra minho blog. Bye!

fernanda f disse...

Estremece-se ao ler isto, algo bizarro, algo intenso, certamente belo.