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04 novembro 2016

thiago magalhães / espelho





  
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Vindo das auréolas do vento
Em brumas indecifráveis de olhar misterioso
Num ímpeto amoroso que alucina presenças
Forças que navegam para o último recanto
Arrastado por ganchos sintáticos
Ultrajado perante um coro e ouriços marinhos

Existe aí qualquer coisa de tentador
Qualquer coisa de fome
Digno de fome
Ainda serei esse sopro de imaculadas palavras
A sacudir no tempo
A cena desastrosa de mim mesmo
Arrebentando frutos e moradas


Eu sou uma promessa
E sob minha sombra
Talvez uma alvorada



thiago magalhães
resiliência
editora urutau
2015