(«Que orgulho sinto de escrever que fiz versos hoje!»)
– numa carta de António Ramos Rosa
Tudo vem a seu tempo.
Um passo, um passo mais…
E estamos nos domínios
Das coisas irreais.
Aí é que nós todos
– Os loucos, os profetas –
Temos direito ao orgulho
De ser poetas.
Porque, depois de tudo
Somado e diluído,
Não há nada melhor
Que amar e ser amado.
Por isso vale a pena
Não ter menos nem mais
Que a alegria – plena! –
Das coisas irreais.
raul de carvalho
versos ( poesia II )
1958