onde quer que a luz se encoste, aquele domingo de maio
ouvindo os sinos em Mafra. No escuro eu já caminhava
para ti? Cada manhã posso dizer: ainda se mexem
os dias, tenho um préstimo para estes braços.
trazes uma razão agarrada, guardas o meu movimento em ti
como num mapa. A Califórnia toda enfeitada no lustro
das fotografias, os lagos frios de Lausanne
ou Genève, o que é que isso interessa agora?
levamos livros e cigarros para a cama, os estores estão corridos
desde o princípio da tarde.
hífen 10 maio 1997
cadernos semestrais de poesia
anos noventa (alguns poetas)
1997
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