É uma questão de nuca.
Viseu do Pará tem os seus encantos,
Belém, beleza. Mas –
Outra é a floresta nas cidades do Norte.
uns poucos barcos balouçam;
por todas as ruas vais virar de sorte,
vais mudar de norte, vais guinar.
Acabou-se a flânerie: vamos de caça e colheita.
O trabalhoso verso, quando serve
ou salva, é quase por acaso.
Faz quente pudera, está o rio a arder;
ficou-me do cerco um gosto de alturas,
um gosto de ser.
Depois do tempo todo que perdi
a andar a pé no mar,
aqui encontro casa que me habite,
modos de desembarcar.
poemas
carrocel
assírio & alvim
2021
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