Nós os maus caminhamos em
círculos cada vez mais estreitos
até ao centro de tudo, o silêncio de tudo
(Nada é de mais, porque existe tudo)
Na nossa terrível vigília
cultivamos técnicas mortas,
o pleonasmo, a pura repetição
Aqueles que afirmam tudo
existem já na eternidade
conquistaram a imobilidade e o silêncio
com sábia indiferença são sidos por tudo
manuel antónio pina
aquele que quer morrer (1978)
todas as palavras, poesia reunida
assírio & alvim
2012
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