No mar de ninguém
o navio fantasma e a sua hélice de sangue
à distância de um tiro
onde é a entrada abrupta dando para o torso adolescente
o de sempre quando é preciso procurar uma passagem
entre fios esticados de garganta a garganta
e um tambor estilhaçado à altura do peito
antónio josé forte
caligrafia ardente
hiena
1987
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