16 março 2016

paul auster / desaparecimentos



2

È uma parede. E a parede é a morte

Ilegível
Rascunho de mal-estar, na imagem

e pós-imagem da vida –

e os muitos que aqui estão
embora nunca nascidos,
e aqueles que falariam

para se darem à luz.

Ele saberá o falar deste lugar.
E saberá manter a boca fechada.

Porque é isto a nostalgia: um homem.


paul auster
poemas escolhidos
tradução de rui lage
quasi
2002



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