Da nossa própria noite se levanta
aquela imóvel espécie de negrura
onde tudo é possível – as galáxias,
ou pulsar nulo de galáxia alguma.
E até a expansão, a criar alta
Invisibilidade. Mas que suga,
quando o assunto for mais denso, a graça
de um maior brio de altura.
E a outra noite pela nossa canta,
não luzes de prestígio, a só penúria
que, quase instrumental, se exerce. Instaura
um dentro fora de dimensão alguma.
E é de aí que a noite se levanta
e o mundo da insistência continua.
fernando echevarría
geórgicas
afrontamento
1998
1 comentário:
Passei meia hora lendo o acervo do blog...cansada de ler as notícias chatas/feias que se repetem e se repetem na TV brasileira.
Uma sensação maravilhosa: a poesia tira a mente dessas cenas tristes do cotidiano!
Abraços do Pedra...
www.pedradosertao.blogspot.com.br
Enviar um comentário