Embora seja filho da democracia
E a Republica seja para mim o
bem
De cada um poder ser Rei, sem
que ninguém
Tenha assento sobre os pares, todavia,
Malgrado este moderno afã de Liberdade,
Melhor é quando Um só
governa, e outros seguem,
Do que deixar que falsos
oradores deneguem
Sermos livres, por sua anárquica vontade.
Não gosto, pois, daqueles cujas mãos corruptas
Arvoram sobre a turba imensa
panos rubros
Sob cujo ignaro mando, sem
justiça,
A Arte e a Honra e a Cultura se sepultam;
Só resta a Traição, com
gládio de cobiça,
E o Assassino com seus pés de
sangue mudos.
oscar wilde
poemas
trad. margarida vale de gato
relógio d´água
2005
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