11 novembro 2010
cruzeiro seixas / ao que encontrei tanto e tanto
Ao que encontrei tanto e tanto
acrescentei.
Recordo essas horas esses dias.
Tudo o que era morto ressuscitava
os animais encontravam-se
e altos monumentos brancos cresciam em cada praça.
O nosso sangue circulava livre nas montanhas e no mar
e os músculos erguiam árvores
que nos cobriam com a sua ilimitada confiança.
Nós todos éramos dois.
Um dia queimamos o fundo do mar
e o incêndio alastrou às vagas absurdas
ao sangue misterioso.
Estavas pálido como a água
jamais alguém empalideceu assim.
Que horas eram meu amor distante?
Ao que encontrei tanto acrescentei
nesta tarde exageradamente tranquila.
cruzeiro seixas
o que a luz oculta
arte e manifesto, galeria
porto
2000
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1 comentário:
Adorei!
Levei comigo, G.S.
Beijo
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