veneza é um peixe obscuro
inventado por ticianos náufragos.
a peste ensinou-nos na pele ver
a última tela víbora imagem
do bispo. em gelos esquecidas
ardem estas estátuas o corpo
veneziano, peixe que em
nós se instala.
deixa-o vir, disse. a espia doce
aceitou no hotel dês avenirs
refúgio gnóstico d´enviados espaciais.
deixa, sim, um aeroplano destes tudo
será, raiz e lenta lágrima, ele
em jardins saberá. eu digo-lhe.
manuel francisco t.
colóquio letras 113-114
fundação calouste gulbenkian
1990
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