01 novembro 2009
àlex susanna / natureza morta
Livros repousam sobre a mesa,
óculos, um caderno, um lápis:
os instrumentos do escritor que consumiu
o seu tempo a ler, a pensar, a escrever
tentando estruturar algum breve poema
onde entrar, repousar, retirar-se talvez
na ponta final de um dia atribulado...
Muito antes, erigiam-se templos
e até mesmo grandes catedrais:
hoje, quando a noite chega, contentamo-nos
com um abrigo, uma qualquer arcada
onde evitar esse excesso de intempérie
e enganar o frio que nos corrói os ossos.
àlex susanna
poemas
tradução de egito gonçalves
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4 comentários:
Sempre boas escolhas.
Bela tela,este poema que não conhecia.
Obrigada!
Gostei
um Augusto dos Anjos lusitano?
De onde ela surge não sei, mas vem fria, e tem um sorriso sarcástico.
seja um mero poema, seja um mero sentimento, vem sempre carregado pronto pra transbordar. feito um choque entre as nuvens, sempre transborda!
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