06 janeiro 2005
um poema de: Josep Maria Llompart
Sou cidadão de um dócil território
Sou cidadão de um dócil território,
obtuso habitante de fulminante aldeia;
vivem em mim inominadas mortes, confusão
de estandartes sombrios, fantasmas de lura.
Irado e louco, pregador enganado,
escrevo o nome ardente com marfim e piche:
tabuleiro de xadrez onde tomam posse
ânsias, afãs, com férreo clamor.
Sou verme condenado, humilhado, atrás
de vaga ardente em mar de limo e lama,
grito na noite, espera desesperada,
e sigo adiante, para além do negro e branco,
alma adentro, arvorando a bandeira:
sobre amarelas dedadas de sangue áspero.
Josep Maria Llompart
“Quinze poetas catalães”
Ed. Limiar, Porto, 1994.
Trad. Egito Gonçalves
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1 comentário:
...y sigo adelante...
¡Precioso poema, otra vez!
ES un lujo llegar aquí y llevarse los bolsillos llenos de buena poesía.
Un beso,
Saf ;-))
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