Amontoamo-nos de frioAmontoamo-nos de frio.
O frio das casas, o frio das camas vazias
das mãos, o frio das vozes ausentes.
O frio que nos toma nas margens inacessíveis
de nós próprios, o frio que vem cuspir-nos
apedrejar-nos, o frio da morte.
O frio do corpo que não encontra
o lugar na casa, o frio inabitável
de algumas palavras.
O frio de que não saberei salvar-nos.
diogo m. silva
2 comentários:
Muito simples, mas poético e verdadeiro.
Diria mais um pensamento de corpo inteiro.
Diria palavras profundas de cancioneiro.
El frío...
Qué bonita poesía.
Y cómo de musical es el portugués, qué maravilla de lengua.
Saf ;-))
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