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07 setembro 2012

yusuf al-saigh / poema





quando regresso a casa, cada tarde,
a minha tristeza sai da alcova dela,
com a sua capa,
e começa a seguir-me:
se caminho, caminha,
se me sento, senta-se,
se choro, chora com o meu pranto
até à meia-noite. e nos cansamos.
então, vejo que a minha tristeza
entra na cozinha, abre a porta da geleira
tira um pedaço escuro de carne
e prepara-me o jantar.



yusuf al-saigh 
a rosa do mundo 2001 poemas para o futuro
tradução de adalberto alves
assírio & alvim
2001