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28 novembro 2023

nuno casimiro / manifesto

 



 
Falo de um sorriso alastrando-se entre
As mãos,
preenchendo-me de uma ponta à outra do sangue.
Uma tatuagem nos olhos. A fita
suspensa no céu no momento em que recusou cair.
Um corpo esquivo.
 
Palavra que queima.
 
Falo do sal
que me seca os ossos.
Esse sorriso feito gente que eu
amo
mais que às palavras.
 
Falo de ti.
 
 
 
nuno casimiro
apeadeiro, revista de atitudes literárias
nr. 1 primavera 2001
quasi
2001