que faz encaminhar a vida;
ninguém
se cala, todos querem escrever as trevas;
em direcção a ti, aquilo: empalidece
com lepra e neve a mão coberta,
as unhas com arcos de promessa;
portas: que abraçam?
real uma só paisagem: os mudos.
arteriais, dragões alados de Medeia;
cosidas letras
estrias do céu;
ficam os cadáveres das palavras;
um grito;
subitamente ergues os olhos
para a escória.
tradução de yvette centeno
eufeme 21 outubro/dezembro 2021
magazine de poesia
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2021