cuidado! meus queridos forasteiros
em vossa própria casa, e na pátria,
entre as gentes e na rua,
com o escreverdes com a vossa pena nas folhas brancas
já que as palavras detestam o vazio
e com o lerdes nos livros à beira do desespero,
porque o sangue dos rostos se transformam em água,
e com usardes albornozes cor de neve
já que vos aprisionam.
ou turbantes de açucena
porque vos enlouquecem.
cuidado! meus queridos forasteiros
com o branco, porque o branco
é uma boa mortalha,
ornamento dos cavaleiros nas batalhas das romarias,
e armadilha da tinta
sobre as casas e a pátria.
abd al-karim al-tabbal
a rosa do mundo 2001 poemas para
o futuro
trad. adalberto alves
assírio & alvim
2001