da janela os pássaros nos freixos, adormecer
à tarde. Recordas o corredor quase
escuro, as tábuas da sala, o escano,
o comércio do porto dos desenhos do armário.
No verão, a meio do verão caiavas
a casa. Tantas vezes a memória te preparava ciladas,
escondias as fotografias antigas, deitavas-te
tão cedo. E acordavas cedo, a luz no peitoril,
no quadrado de cal da parede velha.
o uso dos venenos
língua morta
2018
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