Na autoestrada do norte, de jeans coçadas e óculos
escuros, uma longa trança sobre os ombros, rumo às florestas de abetos, a
mochila cheia de coisas esquisitas, pássaros mortos, malmequeres de plástico.
Na autoestrada do norte, a camisa ainda molhada do
naufrágio, a pequena empregada da boutique desaparecendo para sempre nas águas
do Índico.
Na autoestrada do norte completamente pedrado.
jorge de sousa braga
o poeta nu
fenda
1991
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