Erva, florinhas na erva,
como nas gravuras para crianças.
O céu enevoado, a ficar azul.
A vista para as outras colinas propaga-se no silêncio.
rochas rosnando umas às outras,
abismos sublevados,
nenhumas noites em chamas
nem dias em baforadas de trevas.
em febris delírios
e gélidos calafrios.
e se rompessem as orlas dos horizontes.
Tudo no seu lugar e em impecável concórdia.
No vale, a pequena ribeira na qualidade de pequena ribeira.
A vereda sob a forma de vereda desde sempre e para sempre.
No alto, os pássaros no papel de pássaros em voo.
Um desses instantes terrenos
aos quais se pede que perdurem.
instante
trad. elzbieta milewska e sérgio neves
relógio d'água
2006
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