2-
da luz
nem sempre quis a
a verdade
tenho agora
vícios de deserto
e o coração
pede-me sombras curtas
não confio no vento,
esse pássaro louco
que despreza a cor
do alecrim
e da tâmara madura
estou cansado
e assisto de longe
à traição da primeira hora
já só escrevo na areia quente
o frio que não
posso guardar
mas danço
como o orvalho
de flor em flor
e agora
qualquer madrugada me serve
para despertar
gil t. sousa
desertos
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