A noite, o vácuo, o nevoeiro
aceso em minhas lucilentas cinzas.
O pássaro veloz que se despenha
nas águas, e um peixe abica
e nele estrebucha, de possesso,
arrebatado ainda e… – ó conquistas!
Maior avanço, ora supões causas
inadmissíveis, conquanto exactíssimas
como o quadrilátero entreaberto
num círculo – acme da vida.
O voo segue e chega-se aos astros.
Ícaro cai, os mares ressuscitam-no.
30/6/77
ruy cinatti
56 poemas
de paisagens
relógio d´agua
1981
1 comentário:
Credo.
Enviar um comentário