O seu rosto bonito, um bocado pálido;
os olhos castanhos, como que sem brilho;
de vinte e cinco anos, embora se calhar pareça ter vinte;
com algo artístico na sua roupa
– qualquer coisa na cor da gravata, forma do colarinho –
sem rumo caminha pela rua,
como que hipnotizado ainda pelo prazer sem lei,
pelo muito prazer sem lei que adquiriu.
konstandinos kavafis
os poemas
II 1916-1918
trad. joaquim manuel magalhães e
nikos pratsinis
relógio d´água
2005
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