Afastou-se alguns passos.
Olhou, tão vago, objectos
pousados em mesas, serras,
um balde, anilinas,
as sacas do estrume.
No funesto relvado nu
um fogo inútil colhe
seivas prestes a correr.
Mudo-me em ti. Corto
a paz doente da memória.
Fresas, escopros, devaneios.
Não escutas. O esmeril
lanceia cada olhar.
As mãos caem no abismo.
joaquim
manuel magalhães
segredos,
sebes, aluviões
editorial presença
1985
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