Que não se pode contar em palavras
Como uma mosca no mapa do mundo
Na montra da agência de viagens.
Aquela rua no calor da tarde
Sem ninguém a não ser meu idoso pai
De cabeça encostada ao vidro
Para a ver melhor
Enquanto ela arrasta a sua sombra filiforme
De Nova Iorque até Xangai.
Nem sabe se há-de acordar o amigo,
O barbeiro, que dormita ali ao lado
Com um lenço a tapar-lhe a cara.
charles simic
traduzido por josé lima
diversos nr. 2
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