Com mais ninguém que tu
é a conversa.
Curta entre dois sopros de clamor
segue, toda casas, a rua;
mas de repente abre-a um rasgão
onde irrompem dispersos
garotos e talvez o sol na primavera.
Agora dentro dela parece sempre noite.
Mais adiante é ainda mais escura,
é cinza e fumo a rua.
Mas os rostos os rostos não sei dizer:
sombra mais sombra de cansaço e
raiva.
Daquele sofrimento zomba
um bater de saltos adolescentes,
a repentina rouquidão dum dueto
de ópera numa multidão apressada.
É aqui que te espero.
vittorio sereni
gli strumenti umani
einaudi
torino 1965
(versão de stefano cortese e gil
t. sousa)
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